Perspectivas de mercado para 2021

 Inicio de ano ainda é tempo de traçar planos e metas.

O cenário de 2021 não é fácil de prever. Não sabemos onde estamos pisando mas podemos imaginar algumas possibilidades.


- SELIC

Se não me engano, o mercado em geral imagina a selic entre 3,5 e 4,5% até o fim do ano.

Eu também acho que vai a 4% por causa da inflação e do endividamento.

O Guedes dizia antes da pandemia que 4% era uma boa taxa. Só foi a 2% por causa da pandemia. Dobrar a taxa pode parecer muito, mas 4% no Brasil ainda é baixo pra caramba e provavelmente seria essa a taxa de hoje se não fosse o vírus.

Rentistas que se adaptaram a 2% vão respirar aliviados com a taxa mais alta.

Quem planejava assumir grandes financiamentos já pode ficar ligado, mas sabendo que 4% não é tão ruim assim.

Na bolsa eu não imagino que cause impacto por ser uma alta diluída ao longo do ano e  terminando ainda num nível baixo. Os maiores impactos serão no custo do governo e no volume de dinheiro especulativo vindo do exterior, bom pra bolsa.


- REFORMAS

Entendo que a reforma fiscal e a reforma tributária são as mais importantes e urgentes.

Como sempre acontece no Brasil, estas reformas serão desfiguradas e esquartejadas antes de qualquer aprovação e portanto o efeito da aprovação pode variar muito.

Não consigo nem imaginar se teremos de fato reformas. Depende muito de quem vai comandar a câmara e o senado e ainda não dá pra cravar nenhum nome.  


- INFLAÇÂO

Acredito que continue nesta faixa dos 4%. Qualquer aceleração da economia com aumento magnifico de demanda no nosso país ainda estará longe de chegar perto da capacidade ociosa de produção e também longe do pleno emprego em apenas 1 ano. Lembrando que temos vários índices diferentes de inflação e o IGP-M explodiu em pouco mais de 23% em 2020.

Existem títulos públicos indexados ao IPCA, que fechou 2020 em 4,52%.

O tesouro direto não tem mais títulos indexados ao IGP-M. Uma pena.

 

- DOLAR

Espero que não chegue a 6,00. Na verdade acho que vai cair um pouco já em 2021. 

Chutaria um dolar na faixa dos 5 reais no fim do ano. Não menos que isso por causa da nossa inflação.

O novo governo dos EUA vai adotar uma política econômica que favorece bastante a desvalorização do dolar e a alta da nossa selic favorece um pequeno aumento da entrada de dolares no Brasil.


- BOLSA

As casas de finanças estão chutando uns 130.000 pontos pro ibovespa.

Muito difícil prever. Este ano de cara já não é comum porque vem depois de um ano muito incomum.

A galera acha que pode subir bastante por causa da recuperação econômica forte que já estamos vendo. Acontece que nossa situação política está muito instável e o mercado reage muito rápido aos acontecimentos. 

Se ainda este ano passarmos reformas e controlarmos o vírus com as vacinas, acredito que poderemos passar de 140 mil pontos.

Sem reformas, não sei nem se chegaremos nesses modestos 130 mil estimados pelo mercado.

A maior parte da pequena alta do ibov ano passado deve-se a empresas exportadoras, com receitas em dolar. Parece que vamos ter outro ciclo de alta de commodities por causa do crescimento da China. Isso puxa nossas principais ações mas também puxa inflação. 

Talvez tenhamos espaço pra outros setores recuperarem este ano. 

Não consigo nem perceber se estou pessimista ou otimista.

 

A conclusão final é que teremos mais um ano cheio de incertezas, frustrações e planos jogados no lixo e mesmo assim vamos fazer o possível pra ganhar algum dinheiro, gastar com bebidas e sobreviver. 


Feliz ano novo pra vocês e até a proxima!



Tudo muda mas nada muda

 Esta vai no estilo "meu querido diário"

Sem atualizações desde 2019 porque nada mudou.

Ah, mas teve pandemia, teve o PIX... Sim. Mas isso vocês já sabem. Largamente anunciado

Ficamos ibernados até 2021, ainda com a empresa zumbi e a venda de ativos.

Nosso trabalho está bem pesado.

Agora em 2021 encerramos um longo financiamento que nos drenava mais de 15 mil reais por ano e estamos voltando ao bom e velho investimento em ações e opções.

Mais detalhes em breve. Quero registrar minhas perspectivas para o mercado neste ano.

Até lá!